Caraterísticas

 

Sintomas da Dislexia  


Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as dificuldades para ler, escrever e soletrar; entendimento do texto escrito; para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações; para decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos; ortográficas, como troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas; de organização temporal e espacial e coordenação motora.
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.

 Fonte: http://www.tribunadeituverava.com.br/view.asp?id=34683&titulo=Sa%FAde

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 Caraterísticas da Dislexia

 

Presente em cerca de 5% da população escolar, o distúrbio afeta a capacidade de ler e escrever da criança. "Por se tratar de uma doença congênita, não tem cura, mas pode ser controlada com a ajuda de psicólogos e fonoaudiólogos", diz a Dra Maristela. Entre os sintomas mais frequentes estão:
 
. Problemas na percepção de tempo e espaço: crianças dislexas podem confundir "direita e esquerda", "ontém e hoje" ou "para cima e para baixo". Isso acontece porque elas levam mais tempo para desenvolver as suas noções de tempo e espaço.
 
. Dificuldade de leitura: crianças dislexas sofrem com esse problema, porque muitas vezes não conseguem associar as palavras aos seus respectivos sentidos. Por isso, podem demorar mais durante a leitura e até apresentar dificuldades de ler em voz alta.
 
. Erros de ortografia: dislexos confundem sons parecidos, como L e R, F e V ou B e D. Regras ortográficas também são difíceis de memorizar. Isso se reflete diretamente na escrita, o que dá origem a erros ortográficos.
. Problemas para formar frases: como têm dificuldades com o significado das palavras, crianças dislexas formam frases com mais lentidão e com erros de concordância, como "eu gosta tomar suco".
. Escrita de trás para frente: enquanto escrevemos da esquerda para direita, crianças com dislexia podem escrever da direita para esquerda. A dificuldade que elas tem com o alfabeto e com a decodificação da palavras, faz com que elas tenham uma noção diferente de como grafar as letras.
 

Sintomas


dislexia causas e tratamento 3

 
Uma pessoa com dislexia pode apresentar problemas como:
 
- Identificar palavras
– Reconhecer os sons que compõem as palavras (na leitura)
– Ortografia
– Organizar ou sequenciar pensamentos
– Palavras que rimam
– Aprender o alfabeto e números durante pré-escola e jardim de infância
 
Por exemplo, uma pessoa com dislexia tende a inverter ou descaracterizar letras e/ou palavras, como confundir a letra “b” para “d” ou lendo o número “6” como “9″ ou até mesmo mudar a ordem das palavras em uma frase.
 
A dislexia não é um problema de visão. Os olhos não vêem palavras incorretamente, mas o cérebro aparentemente tem tem dificuldade no processamento da informação.
 

http://www.dihitt.com/barra/dislexia--entenda-os-sintomas-tratamento-e-como-nao-tem-relacao-com-a-inteligencias-veja-famosos-com-dislexia
 
A ORIENTAÇÃO E DESORIENTAÇÃO NA DISLEXIA
 
Os disléxicos sofrem com a desorientação e ela acaba por comprometer seu rendimento escolar. Esta talvez seja a maior responsável pelo fracasso escolar, ou seja, a falta de orientação.

 A orientação significa saber onde estamos em relação ao ambiente. Se analisarmos no campo da percepção, podemos defini-la como a capacidade de  descobrir fatos e condições do meio e se colocar numa relação adequada.  Quando ouvimos, vemos ou sentimos o mundo exterior a partir de um determinado ponto de vista, isto só vai fazer sentido se o indivíduo estiver orientado.

 Exemplificando de forma prática, nós olhamos o mundo com os dois olhos. A partir daí o cérebro compara as duas imagens obtidas e usa estas para formar uma imagem mental tridimensional que nos informa sobre a distância e profundidade.  O mesmo acontece com os ouvidos para determinar em que direção o som vem vindo.  A desorientação ocorre quando estamos carregados por estímulos ou pensamentos. Isto acontece quando o cérebro recebe informações conflitantes, dos diversos órgãos dos sentidos, e tenta correlaciona-las.

 Quando nós estamos desorientados, o nosso cérebro vê movimento em objetos que na realidade estão imóveis ou seu corpo se sente como se você estivesse se movendo, quando na realidade está parado.  Isto vai fazer o sentido de tempo se tornar mais lento ou mais acelerado. Quando a desorientação ocorre, todos os sentidos, exceto o paladar, são alterados.

 No caso da dislexia, eles não experimentam a desorientação, e sim, eles fazem ela acontecer. Os disléxicos usam a desorientação num nível inconsciente a fim de perceber multidimensionalmente pois, alterando seus sentidos, eles são capazes de experimentar as múltiplas visões de mundo levando eles a perceberem os objetos a partir de várias perspectivas.

 Quando estão aprendendo a ler, as confusões se amontoam e ele irá atingir seu limite de tolerância a confusão. Esta confusão faz com que ele não veja o que realmente está vendo e o que está escrito na página, mas sim, o que ele pensa que está vendo na página.
Da mesma forma em que a desorientação trás prejuízos, ela também trás vantagens aos disléxicos. Segundo Ronald Davis e Eldon Braun, fazendo esta acontecer, eles desenvolvem outras habilidades tais como:
  • são capazes de usar seu dom mental para alterar e criar percepções;
  • são altamente conscientes do meio ambiente;
  • são mais curiosos que a média geral;
  • pensam bem mais em imagens do que em palavras que os tornam altamente criativos;
  • usam todos os sentidos para perceber o mundo de forma multidimensional;
  • são altamente intuitivos e capazes de múltiplos insights;
  • tendem a vivenciar o pensamento como realidade;
  • são capazes de criar imagens vívidas.
 
Estas características levam os disléxicos a terem uma inteligência na média ou acima da média.
 
 
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Dislexia: conhecer é a melhor forma de tratar
 
Distúrbio afeta aproximadamente 5% da população brasileira e atrapalha a leitura e a escrita. O diagnóstico de uma criança disléxica pode ser feito a partir da alfabetização
 
 
O diagnóstico da dislexia não quer dizer que se filho esteja condenado a não aprender
 
As notas vermelhas já irritaram muitos pais e professores, mas elas podem ser indicadores de um problema mais sério do que desinteresse e desleixo: a dislexia, um distúrbio que afeta a capacidade de ler e escrever. A condição afeta cerca de 5% da população brasileira, de acordo com o Instituto ABCD, organização social voltada para jovens com dislexia e outras dificuldades de aprendizagem, e 17% da população mundial.

Por se tratar de uma herança genética e não ter relações com distúrbios psicológicos, a dislexia não tem cura, mas o tratamento, feito com fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, costuma trazer uma vida normal aos portadores do transtorno, já que segundo especialistas o desenvolvimento intelectual e a capacidade de comunicação não são afetados.
O diagnóstico de uma criança disléxica pode ser feito a partir da alfabetização, e é aí que o papel do professor se torna imprescindível. Geralmente, é ele quem percebe que a evolução do aluno está abaixo da esperada. Se esse for o caso, a criança deve ser submetida à análise de uma equipe para saber se ela tem dificuldades pontuais ou se é disléxica.
Saber se a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para ajudá-la e evitar prejuízos no desempenho escolar e social, além de títulos pejorativos e bullying que levam à baixa-estima.
 
Sintomas
 Crianças com dislexia costumam demorar mais para ler do que as outras. Isso acontece porque elas têm dificuldade em identificar palavras e associá-las a seus sentidos. O problema prejudica a consciência fonográfica, isto é, a habilidade de diferenciar sons parecidos. Assim, letras com pronúncias semelhantes, como B e D, costumam ser trocadas na escrita, o que gera erros ortográficos. Crianças disléxicas também têm dificuldade de memorizar regras de ortografia e até de juntar duas letras para formar uma sílaba simples.
Pela dificuldade de formar palavras e dar significados a elas, os portadores do distúrbio costumam apresentar lentidão na hora de construir frases. Muitas vezes, as sentenças têm sentido, mas são gramaticalmente incorretas, como “eu era com fome”. A criança também pode escrever palavras de trás para a frente, como se o texto tivesse sido colocado diante de um espelho. A escrita espelhada é decorrência da dificuldade na formação de palavras e no aprendizado do alfabeto.
A dislexia afeta, ainda, a memória operacional, conhecida popularmente como memória de curto prazo, acionada para anotar um número de telefone antes de esquecê-lo ou ao realizar operações matemáticas. Por isso, ordens longas – como abrir um determinado livro em uma determinada página e fazer um determinado exercício – são um desafio para os disléxicos.
 
Não é o fim
 O diagnóstico da dislexia não quer dizer que se filho esteja condenado a não aprender. Pelo contrário, a Associação Brasileira de Dislexia apresenta vários casos de pessoas que apresentaram o distúrbio e foram altamente produtivas – algumas chegaram a mudar a história, devemos muito a elas!
É o caso de Charles Darwin e Albert Einstein. Sim, eles eram disléxicos, segundo a associação. A atriz Whoopi Goldberg, a escritora Agatha Christie, o ator Tom Cruise, a cantora Cher, o ex-presidente norte-americano Franklin Roosevelt e os pintores Vincent Van Gogh e Pablo Picasso também apresentavam dislexia.

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Principais Sinais da Dislexia
 
Os disléxicos têm algumas características que podem ser observadas de acordo com cada faixa etária. Sendo assim, para o encaminhamento a  uma avaliação mais detalhada, podemos observar os seguintes aspectos de acordo com cada fase o ensino escolar:
DOS CINCO AOS OITO ANOS:

- tem atraso na leitura de dois anos ou mais em comparação a crianças da mesma idade;
- a velocidade da leitura é bem inferior a 50 palavras por minuto;
- comete erros de escrita frequentes como: omissões, substituições, inversões de fonemas, vogais e consoantes;
- compreensão pobre do texto;
 - QI normal ou superior;
 - baixo rendimento na ortografia;
- baixo rendimento nos cálculos matemáticos, principalmente, multiplicação;
- movimentos involuntários, especialmente, quando lê e escreve;
- não gosta de ir a escola;
- não gosta das aulas pois não tem motivação para a aprendizagem escolar;
 - ansiedade e medo na hora de ler em voz alta.

DOS NOVE AOS DOZE ANOS:

 - copia lentamente do quadro e com erros;
 - dificuldade em recordar a tabuada;
 - comete muitos erros de ortografia;
- sente-se frustrado, faz birras e tem problemas de comportamento, especialmente associados em situações de realização de trabalhos escolares;
- não quer ir a escola;
 - sente dificuldade em colocar as suas ideias por escrito;
- a leitura é lenta se comparada com a de crianças da mesma faixa etária;
- não gosta de ler, especialmente, em voz alta;
- não percebe o que lê, omite palavras ou interpreta mal a leitura;
- dificuldade em seguir instruções, especialmente, se forem dadas de forma escrita;
- a escrita tem pouca ou nenhuma pontuação.

DOS TREZE ANOS EM DIANTE:

 - dificuldade em distinguir o lado direito e esquerdo;
- dificuldade em ler mapas ou de encontrar a direção em um lugar desconhecido;
- se sente desconfortável para ler em voz alta;
- demora muito tempo para ler a página de um livro;
 - dificuldade em perceber ou recordar tudo que leu;
- não gosta de ler livros longos;
 - dificuldade para soletrar palavras;
- caligrafia difícil de ler;
- fica confuso em falar em público;
 - dificuldades em escrever mensagens pelo telefone;
 - dificuldade em dizer os sons na ordem correta em palavras muito longas;
- dificuldade em fazer cálculos de adição e de subtração de cabeça sem usar dedos e papel;
- confunde-se quando disca os números de telefone;
 - tem dificuldade em dizer os meses do ano rapidamente;
 - confunde datas, horas e esquece compromissos importantes;
- acha o preenchimento de formulários algo difícil;
 - confunde 59 e 95.
 
Sete sinais de que o seu filho pode ter dislexia


Crianças com dificuldade de aprendizagem na escola podem ser vistas por pais e professores como desinteressadas e desleixadas. Mas as notas vermelhas talvez sejam sinal de dislexia, distúrbio que afeta a capacidade de ler e escrever. A condição afeta cerca de 5% da população brasileira, segundo o Instituto ABCD, organização social voltada a jovens com dislexia e outros problemas de aprendizagem.
Não há cura para a dislexia, que se manisfesta por herança genética e não se relaciona com distúrbios psicológicos. O tratamento, feito com fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, costuma garantir uma vida normal aos portadores do transtorno. "A leitura e a escrita vão exigir esforço constante, mas a criança pode seguir sua vida escolar sem problemas", afirma Carolina Piza, pesquisadora e neuropsicóloga do Núcleo de Atendimento Infantil Interdisciplinar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O desenvolvimento intelectual e a capacidade de comunicação não são afetados."
A neuropsicóloga explica que o diagnóstico de uma criança disléxica pode ser feito apenas a partir da alfabetização, quando um professor percebe que a evolução do aluno está aquém da esperada. Mesmo assim, é necessário que a criança seja submetida à análise de professores, psicólogos e fonoaudiólogos para diferenciar se ela tem dificuldades pontuais ou é disléxica.
 
Confira sete sinais de que seu filho pode ser disléxico:

Leitura lenta e pouco fluente
Crianças com dislexia costumam demorar mais para ler do que aquelas sem o distúrbio. Isso porque elas têm dificuldade em identificar palavras e associá-las a seus sentidos. Sua leitura em voz alta costuma ser menos fluente do que a das outras crianças da mesma idade escolar.
 
Erros ortográficos
A dislexia prejudica a consciência fonográfica, isto é, a habilidade de discriminar sons parecidos. Por isso, letras com pronúncias semelhantes, como V e F ou B e D, costumam ser trocadas na escrita, ocasionando erros ortográficos. Crianças disléxicas também têm dificuldade de memorizar regras de ortografia e até de juntar duas letras para formar uma sílaba simples.

Demora na construção de frases
Pela dificuldade de formar palavras e atribuir significados a elas, os portadores do distúrbio costumam apresentar lentidão para construir frases. Muitas vezes, as sentenças têm sentido, mas são gramaticalmente incorretas, como "eu era com sono".

 
Dificuldade em seguir ordens longas
A memória operacional é conhecida popularmente como memória de curto prazo. É ela que acedemos ao anotar um número de telefone antes de esquecê-lo ou ao realizar operações matemáticas. A dislexia afeta essa memória. Por isso, ordens longas – como abrir um determinado livro em uma determinada página e fazer um determinado exercício – são um desafio para os disléxicos.
 
Escrita em espelho
Escrever palavras de trás para a frente, como se o texto tivesse sido colocado diante de um espelho, pode ser um sinal do distúrbio. A escrita espelhada decorre da dificuldade na formação de palavras e no aprendizado do alfabeto, presente nos disléxicos em idade escolar.
 
Falta de concentração
Disléxicos podem ter problemas de se concentrar em atividades que exijam atenção, como quebra-cabeças e jogos dos sete erros. O déficit de atenção se manifesta também na escola, durante as aulas.
 
Dificuldade com noções de tempo e espaço
Crianças disléxicas demoram mais do que as outras para adquirir noções temporais e espaciais, assim como a dominância de lados e os conceitos de direita e esquerda. Elas podem confundir “ontem e hoje” ou “acima e abaixo”.

Baixo desempenho na Escola pode ser sinal de Dislexia

Cerca de 10% da população mundial é afetada pela dislexia. Ela, geralmente, é diagnosticada a partir dos oito anos de idade, por meio de testes. Por isso, crianças com dificuldade de aprendizagem na escola, má alfabetização e falta de concentração podem ser vistas pelos pais e professores como desinteressadas e, até mesmo, preguiçosas. Trata-se de um distúrbio que interfere no funcionamento do cérebro para todo o processamento linguístico, ou seja, na capacidade de ler e escrever.
Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou baixa inteligência. É, sim, uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Além das dificuldades de aprendizagem, o disléxico costuma apresentar atraso na fala, má coordenação motora e memorização de curto prazo, imaturidade e desinteresse por livros e quebra-cabeças.
De acordo com o neuropediatra Alfredo Leboreiro Fernandez, cerca de 80% dos portadores de dislexia têm dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus. “É preciso que pais e professores fiquem atentos aos sinais de dificuldades na compreensão da leitura de uma criança. Quanto mais cedo é percebida esta dificuldade, mais cedo podemos ajudá-las”, explica.
Definida como distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. “Dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas, cada uma com suas características, habilidades e inabilidades”, afirma.
Essas dificuldades, porém, não significam que a criança tenha deficiências intelectuais, sensoriais, psicológicas e nem carência de estímulo sociocultural. “A dislexia é a incapacidade de compreensão do que se lê, devido à lesão do sistema nervoso central que, quando não tratada, causa prejuízos emocionais à criança, ao adolescente e ao adulto, como impulsividade, agressividade, medo, ansiedade e até mesmo a morte, em casos extremos”, alerta Leboreiro.
 
Uberaba, 12 de dezembro de 2014
 


Sintomas de dislexia persistem na vida adulta
Os portadores de dislexia não conseguem estabelecer a memória fonémica, isto é, associar os fonemas às letras. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno atinge de 0,5% a 17% da população mundial, podendo vir a se manifestar em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior, persistindo na vida adulta.
 
Por se tratar de um distúrbio de alteração cromossômica hereditária, a ocorrência em pessoas da mesma família é comum. Por isto, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos, a probabilidade dela também ter este distúrbio é maior.
 
Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhor será para os pais, escola e para a própria criança, que passará a receber tratamento adequado. Em virtude disto, é de extrema importância saber identificar os sintomas de dislexia.
 
Os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno e se tornam mais evidentes durante a fase da alfabetização. No entanto, é recorrente que a pessoa disléxica tenha dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura.
 
Além disto, ela não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam, podendo ainda confundir direita com esquerda, no sentido espacial, ou escrever de forma invertida.
 
Outro dos sintomas de dislexia é a omissão de sílabas ou letras, até mesmo a confusão de palavras com grafia similar. Outro sintoma característico do distúrbio é que a pessoa tem a necessidade de seguir a linha do texto durante a leitura com os dedos.
 
Mais dos sintomas de dislexia bem característicos são pobreza de vocabulário, escassez de conhecimento prévio, confusão com relação às tarefas escolares, podendo resultar num atraso escolar e dificuldade para decorar tabuada.
 
Controle dos sintomas de dislexia
Os sintomas da dislexia que poderiam indicar este transtorno, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmando a dislexia. Por isto, o indivíduo deve passar pelo processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar especializada, sendo que o diagnóstico é feito por exclusão.
 
Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, deficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
 
A dislexia não possui cura, o que exige que o seu tratamento conte com a participação de especialistas de diversas áreas de atuação, como pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros, para ajudar o portador do distúrbio superar, na medida do possível, o comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
 
É importante ter em mente que o disléxico sempre contorna suas dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que possam ser associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos, visto que ele tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.

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